Atividade reuniu estudantes, docentes e o escritor Petrônio Braz para discutir a trajetória histórica de Antônio Dó
7/11/2025
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Os estudantes do 5º e 6º períodos do curso de Direito da Afya Montes Claros realizaram, nesta quinta-feira, 06 de novembro, um Júri Simulado que levou a julgamento o emblemático caso de Antônio Dó, conhecido como o bandoleiro das barrancas e uma das figuras mais controversas da história do sertão norte-mineiro. O evento aconteceu no auditório da instituição, e contou com a presença da comunidade acadêmica e do público em geral.
Para a construção dos argumentos, os alunos se basearam no livro “A Saga de Antônio Dó”, obra escolhida como referência central para o debate. O coordenador do curso de Direito, professor Igor Guedes, destacou a relevância acadêmica e cultural da atividade:
“É uma importância muito grande e uma honra para a nossa instituição receber Petrônio Braz, o advogado que tem mais 90 anos de idade e que vai presidir esse tribunal do júri simulado, levando aos nossos alunos praticarem o que vivenciam na sala de aula. É a teoria aliada à prática, com uma melhor vivência do curso de Direito”, disse.
O júri contou com a participação especial de Petrônio Braz, no alto dos seus 90 anos, advogado, pesquisador e escritor da obra “A Saga de Antônio Dó”, que presidiu a sessão simulada. Emocionado, ele comentou a alegria de ver sua pesquisa ganhar vida na prática acadêmica:
“Para mim, é uma satisfação muito grande ter sido convidado para atuar como juiz neste júri simulado. É uma prova de que o livro foi visto. Na verdade, é o júri que está observando o que foi escrito sobre a história de Antônio Dó por mim”.
Quem foi Antônio Dó
Antônio Antunes de França, conhecido como Antônio Dó, é lembrado como bandoleiro, jagunço e figura lendária do sertão norte-mineiro. Sua trajetória mistura elementos de violência, resistência e justiça social, o tornando um personagem complexo: temido pelos coronéis e admirado pelos humildes.
Nascido em Pilão Arcado (BA), viveu cerca de 19 anos em terras mineiras, onde seu nome se tornou parte do imaginário popular como um “herói-bandido”. A morte não solucionada de seu irmão, Honório Antunes França, é apontada como o estopim para sua vida fora da lei. Trabalhou para coronéis, enfrentou a polícia, praticou garimpo em Paracatu e participou de assaltos e emboscadas, consolidando sua reputação lendária.
Antônio Dó foi morto em 1929, em uma emboscada arquitetada por sua quarta esposa. Mesmo após sua morte, segue inspirando estudos, livros e representações culturais. Além da obra “A Saga de Antônio Dó”, sua figura aparece em narrativas de Guimarães Rosa, como “Grande Sertão: Veredas” e “Sagarana”, e em livros do próprio Petrônio Braz, que o descrevem como símbolo de resistência às injustiças e reflexo das contradições sociais do sertão.
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