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Exercício físico na gestação pode proteger filhos dos efeitos da obesidade

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A prática de exercício físico aeróbico durante a gestação pode atenuar os efeitos negativos de um ambiente obesogênico na prole. Essa é a principal conclusão de uma pesquisa coordenada pelo professor dr. João Marcus Oliveira Andrade, docente do curso de Medicina egresso da UNIFIPMoc Afya. O estudo, realizado em modelo experimental com camundongos, demonstrou que a atividade física materna promoveu aumento de marcadores de termogênese e melhora significativa em parâmetros metabólicos dos filhotes.

 

Mesmo expostos a um ambiente propício ao desenvolvimento da obesidade, os descendentes apresentaram melhora na saúde metabólica, o que associamos ao aumento da atividade termogênica e da biogênese mitocondrial no tecido adiposo marrom”, explica o professor.

 

Os resultados foram apresentados durante o XXI Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, promovido pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), entre os dias 29 e 31 de maio, em Belo Horizonte (MG). O evento reuniu profissionais da saúde de diversas especialidades e destacou pesquisas de ponta no enfrentamento da obesidade — uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo contemporâneo.

Obesidade materna

A pesquisa lançada pelo professor João Marcus joga luz sobre um tema ainda pouco explorado: os impactos da obesidade materna na saúde metabólica dos filhos. O trabalho contribui com novas perspectivas para estratégias preventivas, ao indicar que a adoção de hábitos saudáveis ainda durante a gestação pode ter efeitos duradouros na vida da prole.

 

É uma abordagem promissora. O estudo reforça a importância de intervenções no período gestacional como forma de proteção metabólica intergeracional”, destaca o docente.

 

Além disso, o professor ressalta que o enfrentamento da obesidade deve ser multidisciplinar e baseado em evidências científicas, o que inclui, mas não se limita, ao uso de medicamentos.

 

Apesar dos avanços terapêuticos com fármacos como Ozempic e Mounjaro, o custo elevado ainda é um entrave. O tratamento não pode ser apenas medicamentoso; ele precisa ser construído com uma equipe interdisciplinar e individualizado para cada paciente”, complementa.

 

Compromisso com a ciência e a formação médica

A participação do professor João Marcus em um dos principais congressos da área também reforça o compromisso da UNIFIPMoc Afya com a produção científica e a formação de excelência. Segundo ele, estar inserido nesse tipo de espaço acadêmico é uma oportunidade de atualização contínua, além de impactar diretamente a formação dos estudantes.

 

“Congressos científicos ampliam o olhar sobre os desafios da prática médica e promovem a troca de experiências entre pesquisadores. Quando o professor vivencia isso, o ganho é compartilhado com os alunos em sala de aula, estimulando o pensamento crítico e o interesse pela pesquisa”, afirma.

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