Professor do curso de Farmácia, Luís Paulo Ruas, orienta sobre como identificar produtos adulterados e evitar riscos à saúde
6/10/2025
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Casos recentes de intoxicação envolvendo bebidas alcoólicas contaminadas com metanol acenderam um alerta em todo o país. O professor do curso de Farmácia, Luís Paulo Ruas, explicou os riscos da substância e compartilhou orientações essenciais para que a população evite consumir produtos adulterados.
Segundo dados do Ministério da Saúde, já somam 225 registros de intoxicação por metanol. O estado de São Paulo está no ranking com maioria das notificações, com 14 casos confirmados e 178 em investigação. Bahia e Espírito Santo descartaram intoxicação nos casos registrados.
“A principal linha de investigação aponta para a utilização do metanol na higienização de vasilhames. Entretanto, é necessário muito cuidado, pois ainda não se sabe ao certo a extensão dessa contaminação e até onde esses produtos estão nas prateleiras”, alertou o professor.
Luís Paulo destaca alguns cuidados simples, mas fundamentais para evitar riscos: observar sempre o rótulo das bebidas, verificar se há indícios de adulteração na tampa ou na embalagem, conferir a quantidade de líquido e, principalmente, comprar apenas em locais que possuam licença sanitária.
“Cuidados como esses, neste momento de crise, são importantes para garantir a sua saúde e a da sua família”, reforçou.
Entendendo como o metanol age no organismo
O metanol é uma substância altamente tóxica. Durante o processo metabólico, ele é convertido em ácido fórmico, composto que pode causar sérios danos celulares.
“O ácido fórmico tem afinidade pelo nervo óptico, o que explica um sintoma característico da intoxicação por metanol: a turvação da visão ou até mesmo a cegueira”, explicou o professor.
Luís Paulo ainda orienta que, ao perceber sintomas como tontura, náusea, turvação da visão ou mal-estar, a pessoa deve procurar imediatamente um hospital.
“O manejo toxicológico precisa ser feito por profissionais habilitados. E o mais importante: é fundamental notificar a Secretaria de Saúde do município, para que medidas sejam tomadas e possíveis produtos clandestinos sejam investigados”, concluiu.
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